tag:blogger.com,1999:blog-69099875776871700232024-03-05T08:06:39.708-03:00NeuroblogUm blog sobre temas atuais em neurologiaFernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-10206199587054069252010-10-24T22:18:00.044-02:002012-07-22T09:42:58.982-03:00Noventa por cento do risco de sofrer AVC pode ser atribuido a apenas 10 fatores de risco<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Dez fatores de risco modificáveis podem responder por 90% do risco de AVC. Destes, o mais importante em todos os subtipos de AVC é a hipertensão, que é um fator de risco especialmente perigoso para hemorragias intracranianas. Muitos fatores de risco são os mesmos das doenças cardíacas, mas sua importância relativa é diferente, e alguns são aparentemente mais importantes do que se pensava anteriormente. </span><br />
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Os resultados do estudo, conhecido como INTERSTROKE, foram apresentados no Congresso Mundial de Cardiologia este ano e publicados no <i>Lancet</i>. Assim como no estudo previamente publicado INTERHEART, sobre doença coronariana, que identificou nove fatores de risco modificáveis que respondiam por 90% do risco de desenvolver a doença, este estudo demonstrou que muitos casos de AVC podem ser prevenidos com medidas relativamente simples, como o controle da pressão arterial, que não depende de equipamentos ou exames de alto custo e pode ser feito com medicamentos baratos e de fácil obtenção, como os genéricos.</span><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; overflow-x: visible; overflow-y: visible; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">O estudo INTERSTROKE envolveu, num desenho do tipo caso-controle, 3.000 pacientes com o primeiro episódio de AVc agudo e 3.000 controles em 22 países, sendo que 81% destes pacientes eram originados do Sudeste da Ásia, Índia, ou África. De modo geral, ter diagnóstico prévio de hipertensão foi associado a um aumento de 2,5 vezes do risco de AVC.</span></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">Juntamente com a hipertensão, tabagismo, obesidade abdominal, dieta e atividade física responderam por 80% do risco global de AVC, explicando 80% do risco de AVC isquêmico e 90% do risco de AVC hemorrágico. Quando foram incluídos ao modelo fatores de risco adicionais como diabetes mellitus, ingesta de álcool, fatores psicossociais, a relação entre apolipoproteína B/A1, e causas cardíacas (IAM prévio, valvulopatia ou flutter/fibrilação atrial), estes 10 fatores de risco responderam por 90% do risco de AVC. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">Chama a atenção o fato de não ter sido encontrada até hoje em estudos epidemiológicos uma associação consistente entre os níveis de colesterol total e não-HDL e AVC. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"> </span>A "moral da história" deste estudo é que devemos fazer "tudo que as nossas mães nos recomendam": perder peso, parar de fumar, comer bem e fazer exercícios, e, principalmente, controlar à risca a pressão arterial.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; overflow-x: visible; overflow-y: visible; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><b><i><u>Referências:</u></i></b></span></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; line-height: 18px;">-</span><span style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"> O'Donnell MJ et al. Risk factors for ischemic and intracerebral haemorrhagic stroke in 22 countries (the INTERSTROKE study): a case-controle study. <i>Lancet</i> 2010;</span><span class="Apple-style-span"> 376(9735):112-123. </span><a href="http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)60834-3/fulltext?_eventId=login">http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)60834-3/fulltext?_eventId=login</a></span></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">- Tu JV. Reducing the global burden of stroke: INTERSTROKE. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><i>Lancet</i></span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"> 2010; </span><span class="Apple-style-span">376(9735): 74-75.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><i><u><br />
</u></i></b></span></span></span></div>
</div>
</div>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-1952559857830738472010-10-23T20:51:00.000-02:002012-07-22T09:45:06.635-03:00Delirium relacionado à morte e outros resultados ruins em pacientes idosos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Uma nova metanálise publicada na edição de 28 de junho do <i>JAMA</i> estabeleceu a associação entre a ocorrência de delirium em pacientes idosos a um aumento do risco de morte, institucionalização, e demência, independente de fatores como idade, sexo, presença de comorbidades e diagnóstico prévio de demência. Este aumento do risco seria mantido pelo menos durante os dois primeiros anos após a ocorrência de delirium.</span></span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Como o delirium pode ser prevenido, é importante identificar os pacientes de risco e implementar estratégias para prevenção.</span></span><br />
<a name='more'></a><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Além da idade avançada, os fatores de risco para delirium incluem comprometimento cognitivo e alterações visuais. Ainda com objetivo de prevenção, deve-se minimizar a utilização de drogas com efeitos anticolinérgicos, já que estas tenderiam a "baixar o limiar" para ocorrência de delirium. Outras medidas simples que devem ser utilizadas são a redução da estimulação e controle do ambiente, colocando os pacientes em locais mais tranquilos, e fornecendo sempre relógios, calendários e fotografias de familiares para ajudá-los a orientar-se.</span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Não se sabe ainda qual o mecanismo através do qual o delirium influencia os desfechos citados acima. É possível que ele seja apenas um "marcador" de uma "reserva cerebral comprometida", apenas tornando mais evidente uma vulnerabilidade que já estaria estabelecida. Ou seja, só apresenta delirium quem "pode" e não quem "quer".</span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><br />
</span></span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><u style="font-style: italic; font-weight: bold;">Referências:</u></span></span></span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">Witlox J et al. Delirium in elderly patients and the risk of postdischarge mortality, institutionalization, and dementia: a meta-analysis.</span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small; line-height: 18px;"><i>JAMA</i> 2010;304(4):443-451</span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> </span><a href="http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/304/4/443"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/304/4/443</span></a></span></span></div>
<div>
<div style="-webkit-perspective-origin-x: 328px; -webkit-perspective-origin-y: 863px; -webkit-transform-origin-x: 328px; -webkit-transform-origin-y: 863px; background-color: white; color-interpolation-filters: linearrgb; color-interpolation: srgb; color-rendering: auto; color: black; float: none; font-variant: normal; height: 1727px; line-height: 18px; overflow-x: visible; overflow-y: visible; padding-bottom: 0px; padding-left: 10px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; text-align: left; text-anchor: start; text-indent: 0px; text-overflow: clip; text-rendering: auto; text-shadow: none; text-transform: none; width: 656px;">
<div style="-webkit-perspective-origin-x: 328px; -webkit-perspective-origin-y: 27px; -webkit-transform-origin-x: 328px; -webkit-transform-origin-y: 27px; background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color-interpolation-filters: linearrgb; color-interpolation: srgb; color-rendering: auto; color: black; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; height: 54px; margin: 5px 0px 15px; overflow: visible; padding: 0px; text-align: left; text-anchor: start; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-overflow: clip; text-rendering: auto; text-shadow: none; text-transform: none;">
<br /></div>
<div style="-webkit-perspective-origin-x: 328px; -webkit-perspective-origin-y: 9px; -webkit-transform-origin-x: 328px; -webkit-transform-origin-y: 9px; background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color-interpolation-filters: linearrgb; color-interpolation: srgb; color-rendering: auto; color: black; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; font-variant: normal; font-weight: normal; height: 18px; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; overflow-x: visible; overflow-y: visible; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-anchor: start; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-overflow: clip; text-rendering: auto; text-shadow: none; text-transform: none;">
<i><br />
</i></div>
</div>
</div>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-88693865488864744232010-08-13T14:57:00.015-03:002012-07-22T10:03:47.536-03:00Uso de vitaminas do complexo B não impede repetição de eventos vasculares<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 623px;"><tbody>
<tr><td style="font-variant: normal; line-height: 14px;"><div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="font-family: Arial, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s1600/20currents.5.c25.jpg" /></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Mais um estudo sobre a suplementação com vitaminas do complexo B, publicado no periódico <i>Lancet Neurology</i>, não comprova benefícios quanto à redução do risco vascular. Este novo estudo, denominado VITATOPS, realizado em mais de 123 centros em 20 países, e totalizando mais de 8.000 pacientes com história de AVC isquêmico ou hemorrágico ou AIT afetando o olho ou encéfalo nos sete meses que antecederam a inclusão no estudo, não encontrou diferenças significativos (15% versus 17%; RR 0,91, IC 95% 0,82 a 1,00), após 3 a 4 anos de acompanhamento, entre a incidência de AVC, IAM, ou morte por causa vascular entre os pacientes que receberam suplementação com vitamina B (ácido fólico, 25 mg de vitamina B6 e 0,5 mg de vitamina B12) ou placebo, além dos cuidados usuais.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> No subgrupo dos pacientes submetidos a exames no final do período de acompanhamento, a concentração de homocisteína foi significativamente mais baixa entre os que receberam as vitaminas. Não foram observadas reações adversas sérias e não ocorreram entre os grupos diferenças significativas em relação aos eventos adversos comuns. Os autores reconheceram potenciais vieses relacionados à adesão completa ao tratamento, acompanhamento imperfeito, e período de acompanhamento potencialmente muito curto para identificação adequada ou exclusão de efeitos a longo prazo da suplementação vitamínica, mas concluíram que os resultados "não apoiam o uso de vitaminas do complexo B para prevenção de AVC recorrente".</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Estes resultados se somam aos dados de outros estudos previamente publicados que também não foram capazes de demonstrar qualquer benefício da suplementação vitamínica quanto à prevenção de AVC, IAM, ou morte vascular. Entretanto, em um editorial publicado na mesma edição, o autor nota que, embora o estudo não tenha demonstrado a redução global, houve evidência de uma redução do risco em um subgrupo de pacientes, e que devemos ainda esperar os resultados de estudos em andamento e de uma metanálise usando os dados individuais dos pacientes estudados para chegar a um poder estatístico e precisão que possam estimar o efeitos das vitaminas do complexo B, lembrando que isto foi necessário no caso do tratamento antiplaquetário com aspirina, uso do tamoxifeno para câncer de mama, e redução do colesterol com uso de medicamentos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Referências:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><b><i><u><br /></u></i></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span style="color: #666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">-</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"> Hankey G et al. "B vitamins in patients with recent transient ischemic attack or stroke in the Vitamins to Prevent Stroke (VITATOPS) trial: a randomized, double-blind, parallel, placebo-controlled trial". <i>Lancet Neurol</i> 2010; DOI:10.1016/S1474-4422(10)70187-3.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Sandercock P. "Vitamin B supplements for prevention of stroke." <i>Lancet Neurol </i> 2010; DOI:10.1016/S1474-4422(10)70188-5.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Toole JF et al. "Lowering homocysteine in patients with ischemic stroke to prevent recurrent stroke, myocardial infarction, and death. The Vitamin Intervention for Stroke Prevention (VISP) randomized controlled trial". <i>JAMA</i> 2004;291:565. http://jama.ama-assn.org/cgi/reprint/291/5/565)</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Clarke RJ et al. "Lowering with folic acid plus vitamina B12 vs placebo on mortality and major morbidity in myocardial infarction survivors: a randomized trial. Study of the effectiveness of additional reductions in cholesterol and homocysteine (SEARCH) collaborative group" <i>JAMA</i> 2010;303(24):2248. http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/303/24/2486</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Revisão sobre homocisteína publicada no J. Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v4on5/ao6v4on5.pdf</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div>
<div style="color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 1em; font-style: normal; font-weight: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></div>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-85178316588093418012010-06-20T23:26:00.001-03:002012-07-22T10:05:51.544-03:00Diclofenaco considerado o AINH que mais leva à morte em adultos saudáveis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkgD2Jgn4WSWIIXwl7MGzK3Py_3Axb0We_DBxM9F4rhn8ZCmLs_WMui21uS3PsQcdJWloNaHJ3OlRbrm_wEwL9RpB3DTif6z4M3O2hUT_oqC7hbCYlmMdsbw5jA-GbEcyE60Hi7C-pCQk/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkgD2Jgn4WSWIIXwl7MGzK3Py_3Axb0We_DBxM9F4rhn8ZCmLs_WMui21uS3PsQcdJWloNaHJ3OlRbrm_wEwL9RpB3DTif6z4M3O2hUT_oqC7hbCYlmMdsbw5jA-GbEcyE60Hi7C-pCQk/s320/20currents.5.c25.jpg" /></a></div>
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">O anti-inflamatório não hormonal (AINH) diclofenaco foi considerado o AINH que mais frequentemente leva ao óbito em um estudo realizado na Dinamarca que avaliou dados registrados sobre mais de 1 milhão de usuários entre 1997 e 2005, rivalizando apenas com o rofecoxib (Vioxx) retirado do mercado em 2004. O uso de diclofenaco (Cataflam, Voltaren, entre outros) foi associado a um aumento de 91% no risco relativo de ataque cardíaco ou AVC fatal em adultos saudáveis, e o risco era ainda maior com doses mais elevadas. Os investigadores atribuíram este risco ao perfil de alta seletividade quanto à inibição da COX-2, semelhante ao rofecoxib.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A análise calculou o risco cardiovascular para o diclofenaco, rofecoxib, celecoxib, ibuprofeno e naproxeno. O AINH com menor risco cardiovascular foi o naproxeno.</span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">Para o celecoxib, o único inibidor seletivo da COX-2 ainda no mercado, os autores disseram não ter dados conclusivos, porém ressaltaram que o celecoxib foi o único AINH estudado que não estava associado a risco excessivo de sangramento. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> O estudo apresenta algumas limitações, como o desenho retrospectivo (não randomizado), a ausencia de informações quanto a outros fatores de risco, como obesidade, hipertensão, tabagismo e dislipidemia, e ainda quanto à afecção que motivou o uso de AINH (que poderia por si só estar associada a um risco cardiovascular elevado).</span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> De qualquer maneira, este é apenas um de vários estudos que já obtiveram exatamente os mesmos resultados: todos os AINH estão associados a risco cardiovascular, à exceção do naproxeno. Devemos lembrar que muitos destes anti-inflamatórios são usados por tempo significativo em doses elevadas, e alguns, como por exemplo o ibuprofeno, associado neste estudo a um aumento de 29% do risco relativo de evento cardiovascular, são vendidos sem receita médica.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><b><i>Referência</i>: </b></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Fosbøl, EL et al "Cause-specific cardiovascular risk associated with non-steroidal anti-inflammatory drugs among healthy individuals" <i>Circ Cardiovasc Qual Outcomes</i> 2010; <a href="http://circoutcomes.ahajournals.org/cgi/rapidpdf/CIRCOUTCOMES.109.861104v1.pdf">http://circoutcomes.ahajournals.org/cgi/rapidpdf/CIRCOUTCOMES.109.861104v1.pdf</a></span><br />
<span id="goog_1767984142"></span><span id="goog_1767984143"></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-61763028743310938802010-06-17T17:33:00.000-03:002010-06-17T17:33:58.808-03:00Genotipagem para warfarin pode reduzir hospitalizações<table style="width: auto;"><tbody>
<tr><td><a href="http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/rmr1Ce5tum4xLRkHLhFFVyzPFKUCy5OP8hqGPYcS0Ug?feat=embedwebsite"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s800/20currents.5.c25.jpg" /></span></a></td></tr>
<tr><td style="font-size: 11px; text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">From </span><a href="http://picasaweb.google.com.br/fernanda.bardy/Neuroblog?authkey=Gv1sRgCPDh0Kzrv8GfTw&feat=embedwebsite"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Neuroblog</span></a></td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A genotipagem para warfarin pode reduzir as hospitalizações, de acordo com um estudo prospectivo avaliando a relação custo-efetividade da testagem genética para warfarin nos EUA. Os pacientes que foram submetidos à testagem genética pra o gene do metabolismo do warfarin CYP2C9 e o gene ativador da coagulação sanguinea pela vitamina K </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">VKORC1</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> apresentaram 31% menos hospitalizações no total quando comparados aos controles históricos, uma diferença significativa. A genotipagem para warfarin também reduziu o risco de hospitalização devido a hemorragias e tromboembolismo em 28%. </span><br />
<a name='more'></a><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> O protocolo do estudo, apresentado no congresso anual do American College of Cardiology e publicado eletronicamente em março deste ano, avaliou 896 pacientes em 49 estados dos EUA com 40 a 75 anos de idade que eram membros de um seguro saúde e que estavam iniciando o tratamento ambulatorial com warfarin a longo prazo. Logo após o início do tratamento, os pacientes forneciam uma amostra de sangue ou swab bucal para genotipagem em um laboratório central. As amostras eram analisadas quanto à expressão genética de </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">CYP2C9 </span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> e </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">VKORC1</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">, relacionados a enzimas que participam da metabolização do warfarin. Polimorfismos nestas enzimas podem sinalizar a necessidade de doses mais altas ou mais baixas deste fármaco. Os clínicos então recebiam os resultados e recomendações quanto à dosagem do warfarin e frequencia de monitorização, com a opção de seguir ou não estas recomendações.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Como já descrito acima, houve uma redução tanto no total de hospitalizações quanto nas hospitalizações atribuídas a complicações do tratamento; além disso, a análise das prescrições nas 3 semanas que se seguiram à genotipagem mostraram que aparentemente os clínicos estavam realmente agindo de acordo com as recomendações. Mais ainda, 75% dos clínicos decidiram adotar o teste.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Alguns problemas foram a demora para receber os resultados (tipicamente entre 11 e 60 dias após o início do tratamento), e o custo (em torno de US$200 a 400). A opinião geral foi de que estes custos podem facilmente ser compensados pela adequação da monitorização e redução do número de hospitalizações. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Não temos informações sobre laboratórios que já estejam fazendo esta genotipagem no Brasil. Mas, como qualquer pessoa que tenha que acompanhar pacientes usando warfarin no nosso meio, sempre lidando com inúmeras dificuldades, acho que qualquer novidade que facilite o tratamento, possibilite o melhor gerenciamento dos poucos recursos disponíveis e faça com que o acompanhamento destes pacientes seja mais cuidadoso é sempre bem vinda. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Referências:</span></span></b><br />
<h3 class="UIIntentionalStory_Message" data-ft="{"type":"msg"}" style="color: #333333; font-weight: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Epstein RS, Moyer TO, Teagarden JR, et al. Warfarin genotyping reduces hospitalization rates: Results from the MM-WES (Medco-Mayo Warfarin Effectiveness Study). </span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">J Am Coll Cardiol</span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> 2010; </span></span><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">55:2804-2812, doi:10.1016/j.jacc.2010.03.009</span></span></span></h3><tr><td valign="top"><span><br />
</span></td></tr>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-30058695568722314622010-06-15T16:56:00.003-03:002012-07-22T10:06:26.759-03:00Padrões de recidiva podem ajudar a diferenciar GBS de agudização da CIDP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTyMEZS-Zsx6xSHMMCiZys3JuDlzdXdaEBeN_CZMfXuloIOaUNDT72qGCgSbh5Y-N8NvrN8w72CvXdTpof-yQK9y1A1UlmMfsK2mRRC3A8N6lFRPWLQTR4EZ_XIjphgHc790ZRQsor7Ms/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTyMEZS-Zsx6xSHMMCiZys3JuDlzdXdaEBeN_CZMfXuloIOaUNDT72qGCgSbh5Y-N8NvrN8w72CvXdTpof-yQK9y1A1UlmMfsK2mRRC3A8N6lFRPWLQTR4EZ_XIjphgHc790ZRQsor7Ms/s320/20currents.5.c25.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Investigadores holandeses identificaram diferenças que poderiam ajudar os clínicos a identificar os pacientes com síndrome de Guillain-Barré(GBS) daqueles que estejam apresentando a primeira exacerbação da polineuropatia desmielinizante inflamatóriacrônica (CIDP).</span><br />
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Ambas são afecções imunomediadas; porém, com base em um estudo prospectivo que avaliou os desfechos clínicos, materiais biológicos e dados eletrofisiológicos, os investigadores observaram que os pacientes com GBS apresentavam flutuações relacionadas ao tratamento já nas primeiras 8 semanas, e, na maioria das vezes, em torno de 4 semanas. Por outro lado,</span></div>
<a name='more'></a><div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">nenhum dos pacientes com CIDP começou a apresentar flutuações antes de 8 semanas, e, ao contrário dos pacientes com GBS, tendiam a apresentar pelo menos 3 episódios depois desta época.</span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Os pacientes com CIDP foram menos gravemente afetados, não precisaram de suporte ventilatório, raramente apresentavam disfunção de nervos cranianos e tendiam a apresentar alterações eletrofisiológicas mais comumente associadas a CIDP. Os pacientes com GBS apresentavam quadros clínicos mais graves com maior comprometimento sensitivo. Usando estas diferenças, os clínicos podem iniciar mais precocemente terapias de manutenção nos casos sugestivos de CIDP.</span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><b>Referências</b>:</span></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ruts L, Drenthen J, van Doorn PA, et al, of the Dutch GBS Study Group. Distinguishing acute onset CIDP from fluctuating Guillain-Barré syndrome: a prospective study. </span><span style="font-size: x-small;"><i><span class="Apple-style-span">Neurology </span></i></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: #333333; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">2010;74:1680.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><a href="http://www.neurology.org/cgi/content/abstract/74/21/1680">http://www.neurology.org/cgi/content/abstract/74/21/1680</a></span></span></div>
<i></i>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-56660583649030404772010-06-13T18:48:00.004-03:002012-07-22T10:07:31.021-03:00Melanoma e outros tipos de câncer de pele são muito frequentes em pacientes com Parkinson<table style="width: auto;"><tbody>
<tr><td><a href="http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/rmr1Ce5tum4xLRkHLhFFVyzPFKUCy5OP8hqGPYcS0Ug?feat=embedwebsite"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s800/20currents.5.c25.jpg" /></a></td></tr>
<tr style="background-color: white;"><td style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 11px; text-align: right;"><span style="color: #666666;">From <a href="http://picasaweb.google.com.br/fernanda.bardy/Neuroblog?authkey=Gv1sRgCPDh0Kzrv8GfTw&feat=embedwebsite">Neuroblog</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">De acordo c<span style="background-color: white;">om um novo estudo que avaliou mais de dois mil pacientes e que foi publicado na edição de </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">março</span><span style="background-color: white;"> dos </span><i><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">Archives</span><span style="background-color: white;"> </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">of</span> <span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">Neurology</span></i><span style="background-color: white;">, os pacientes com doença de Parkinson (</span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">DP</span><span style="background-color: white;">) apresentam alta incidência de </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">melanoma</span><span style="background-color: white;"> e outros tipos de câncer de pele. Além disso, comparados com os grupos controle (que usaram dados de dois grandes bancos de dados de vigilância em câncer), os pacientes com </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">DP</span><span style="background-color: white;"> apresentam </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">probabilidade</span><span style="background-color: white;"> duas vezes mais alta de apresentar </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">melanoma</span><span style="background-color: white;"> invasivo, e sete vezes mais alta de ter qualquer tipo de </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat;">melanoma</span><span style="background-color: white;">. </span></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #666666;"><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Há décadas existem suspeitas de uma ligação entre a </span><span class="goog-spellcheck-word" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat repeat; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">DP</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> e melanoma. Inicialmente se pensava que isto se devia ao tratamento com levodopa, mas não foram encontradas evidências que confirmassem esta hipótese. Este estudo não indicou associação com a terapi</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">a dopaminérgica, e confirma que pacientes com história de melanoma e DP não devem ser privados de tratamento. Embora os dados deste estudo não esclareçam os mecanismos desta associação (algumas hipóteses se baseiam no receptor para melanocortina 1, encontrado nos melanócitos), sua principal implicação está na indicação de avaliações dermatológicas periódicas nestes pacientes. Durante a realização do estudo, foram identificados melanomas in situ ou em estágio inicial em 24 pacientes (1,1%), removidos por biópsia, provavelmente salvando vidas.</span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Assim, devemos considerar recomendar aos nossos pacientes com DP, principalmente os mais idosos ou os com pele mais clara, a realização de exames periódicos de triagem com dermatologista.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><b>Referências:</b></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Bertoni JM, Arlette JP, Wofe JE Jr., et al for the North American Parkinson's and Melanoma Survey Investigators.<i> </i>Increased melanoma risk in Parkinson Disease. <i>Arch Neurol</i> 2010; 67:347. </span></div>
<div style="background-color: white;">
<br /></div>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-22167225808663358862010-06-13T17:15:00.003-03:002012-07-22T10:08:22.474-03:00Atualização: Lítio não é efetivo contra ELA<table style="width: auto;"><tbody>
<tr><td><a href="http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/rmr1Ce5tum4xLRkHLhFFVyzPFKUCy5OP8hqGPYcS0Ug?feat=embedwebsite"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFDrOFJ3F66Cf8JZ1FsShB2O2A3DSxCuF8rPx3sKTbCGDsnozTO8MqFNbd2Dz0053vb9KBrp6-9iKXWqdnzZJDhCWyGnYK1lsq14z4ydefj-ocuRiV4uDKfK_PWCLwFG-rjDI4h5u6VDc/s800/20currents.5.c25.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 11px; text-align: right;"><span style="color: #666666;">From <a href="http://picasaweb.google.com.br/fernanda.bardy/Neuroblog?authkey=Gv1sRgCPDh0Kzrv8GfTw&feat=embedwebsite">Neuroblog</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Dois estudos independentes que tinham como objetivo confirmar que o lítio retarda a progressão da esclerose lateral amiotrófica (ELA) - um achado de um estudo em 2008 que trouxe grandes esperanças a milhares de pacientes em todo o mundo - relataram que, infelizmente, ele não funciona. </span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Os dois estudos foram realizados nos Estados Unidos, por grupos diferentes e tiveram desenhos diferentes, embora fossem ambos estudos de futilidade. Estes estudos permitem que os investigadores descartem precocemente drogas pouco efetivas sem necessidade de reunir grandes números de pacientes e recursos, o que é uma grande vantagem no estudo de doenças neurodegenerativas raras como a ELA.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Um dos estudos, realizado no Massachussets General Hospital e publicado no Lancet Neurology em abril, foi interrompido precocemente quando a primeira análise intermediária demonstrou que não havia diferença quanto à eficácia entre o lítio e o placebo em associação ao riluzol.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Infelizmente, não é a primeira vez que um medicamento, considerado promissor em associação ao riluzol em estudos iniciais, é descartado em um estudo randomizado. Em 2007, pesquisadores concluiram que a combinação da minociclina (um antibiótico considerado neuroprotetor em estudos com animais) e riluzol na verdade acelerava a progressão da doença.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Os pontos altos do estudo, de acordo com os investigadores, foram o seu desenho, a escolha dos desfechos e o uso de análises intermediárias pré-especificadas, que permitiram a obtenção rápida de resultados claros, o que é de importância fundamental no caso de pacientes com ELA, doença grave e uniformemente fatal de evolução rápida. Estes pacientes não têm tempo a perder, e estudos usando placebo e com duração mais prolongada têm encontrado dificuldade no recrutamento de pacientes.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Continuamos então aguardando ansiosamente tratamentos mais eficazes para poder oferecer aos nossos pacientes.</span><br />
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<b><span style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Referências:</span></b><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Aggarwal SP, Zinnan L. Cudwicz M, et al, for the Northeast and Canadian Amyotrophic Lateral Sclerosis Consortia. Safety and efficacy of lithium in combination with riluzole for treatmento of amyotrophic lateral sclerosis: A randomized douvle-blind, placebo-controlled trial. <i>Lancet Neurology</i> 2010 May; 9:481; doi:10.1016/S1474-4422(10)70068-5</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Gordon PH, et al "Efficacy of minocycline in patients with amyotrophic lateral sclerosis: a phase III randomized trial" <i>Lancet Neurology</i> 2007; DOI: 10.1016/S1474-4422(07)70271-5. </span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-45627406948730081292010-05-02T22:11:00.003-03:002012-07-22T10:09:11.568-03:00Significância estatística nem sempre se traduz em eficácia clínica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvPd3JPYorKD5fUX_aoC-7QZSOFREcS4X0hUaAr-zFO5pBCM4WiUcUuNbI29F_RIwEJQW0PjhUvTac2ViOo0TbDnoYSWPOq-nzmIQmthKg4N8zEP8MxRVS5H_U1K-Le1XtXOEthCMqKsI/s1600/20currents.5.c25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvPd3JPYorKD5fUX_aoC-7QZSOFREcS4X0hUaAr-zFO5pBCM4WiUcUuNbI29F_RIwEJQW0PjhUvTac2ViOo0TbDnoYSWPOq-nzmIQmthKg4N8zEP8MxRVS5H_U1K-Le1XtXOEthCMqKsI/s320/20currents.5.c25.jpg" /></span></a><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nem sempre, de acordo com um estudo recentemente publicado no periódico <i>Archives of Neurology</i>. Nele, foram incluídos 653 indivíduos com doença de Parkinson em vários graus de comprometimento. Estes pacientes foram avaliados de acordo com os escores do UPDRS e mais três outras escalas: incapacidade de acordo com a Escala de Atividades da Vida Diária de Schwab e England, estágio da doença (de acordo com a escala de Hoehn e Yahr), e qualidade de vida (segundo a Short Form Health Survey, com 12 itens). </span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A avaliação da concordância entre as três escalas demonstrou que para que fosse identificada uma diferença clinicamente significativa mínima precisaríamos ver uma diferença de pelo menos 2,3 a 2,7 pontos na escala motora do UPDRS e 4,1 a 4,5 pontos na pontuação total desta mesma escala. </span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ou seja, medicamentos como a selegilina e rasagilina, cujos efeitos de tratamento nos estudos publicados foram ëstatisticamente significativos, porém ficavam dentro desta faixa, provavelmente não estão associados a melhoras que possam ser clinicamente identificadas (pelo médico ou pelo paciente).</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Sob o ponto de vista da saúde pública, será que a possibilidade de um efeito neuroprotetor não confirmado a longo prazo (cinco, dez anos) é suficiente para justificar a prescrição destes medicamentos, muitas vezes de custo excessivo para a média da nossa população? Mais importante, como lidar com a possibilidade de estarmos oferecendo aos pacientes uma falsa esperança de modificação da doença? Drogas com este perfil deveriam ser aprovadas para comercialização pelas agências reguladoras? </span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Precisamos mudar nossa perspectiva sobre este tema e julgar criticamente as informações provenientes de estudos clínicos, muitas vezes submetidos aos viezes da indústria farmacêutica e sujeitos a estratégias de marketing. E, o mais difícil, encontrar na comunicação e na discussão informada com os pacientes, tentar alcançar um consenso entre a sua necessidade (humana) de uma "resposta mágica" e a possibilidade real de melhora, compartilhando a decisão quanto à utilização destas drogas.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="color: #990000; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><b>Referências:</b></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Shulman LM, Gruber-Baldini AL, Anderson KE, et al. The clinically important difference on the Unified Parkinson's Disease Rating Scale. <i>Arch Neurol</i> 2010; 67(1):64-70.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Escala UPDRS: http://www.neuropsicol.org/Protocol/Updrs.pdf </span><br />
<span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">- Escala de atividades da vida diária de Schwab e Escala de Hoehn e Yahr: http://www.fortunecity.com/meltingpot/farley/817/ameasure.html</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-85522726646114145362010-03-07T21:35:00.014-03:002010-05-02T23:27:32.624-03:00Estudo BALANCE, comparando o uso de lítio e valproato no transtorno bipolar I é favorável aos esquemas contendo lítio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzfwPAwmyG7Syrb3cs8U1JkSoKqmJpQ7660xPiA0TCodUA6M6mTo3vTA6PKvFH80rhZa-97jcDRfKUcKWtxlI_jV4Lv_ilYHcRvubbY5fa6VLQadEwNeinvZ_VI4vKCevYKbQ9h0JhKHI/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446073084123766066" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzfwPAwmyG7Syrb3cs8U1JkSoKqmJpQ7660xPiA0TCodUA6M6mTo3vTA6PKvFH80rhZa-97jcDRfKUcKWtxlI_jV4Lv_ilYHcRvubbY5fa6VLQadEwNeinvZ_VI4vKCevYKbQ9h0JhKHI/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a> <span style="font-size: small;">A maioria das diretrizes sobre o tratamento do transtorno bipolar lista o lítio e o valproato como estabilizadores de humor de primeira linha, embora as prescrições de lítio tenham caído recentemente, provavelmente devido à necessidade de monitorização trabalhosa dos efeitos adversos renais e sobre a tireoide, entre outros, e o vigoroso marketing do valproato.</span><br />
<span style="font-size: small;">Os investigadores do estudo BALANCE, com o objetivo de definir qual o melhor esquema terapêutico para tratamento do transtorno bipolar I, caracterizado por episódios bem definidos de mania, acompanharam durante 24 meses 330 pacientes com 16 anos de idade ou mais portadores de transtorno bipolar 1 em 41 centros no Reino Unido, França, EUA e Italia, </span><br />
<a name='more'></a><span style="font-size: small;">designados aleatoriamente para tratamento com lítio em monoterapia (concentraçao plasmática 0·4—1·0 mmol/L, n=110), valproato em monoterapia (750—1250 mg/dia, n=110), ou ambos (n=110)após uma fase de tratamento ativo com a combinação das duas drogas. Tanto os participantes quanto os investigadores estavam cientes dos medicamentos utilizados. O desfecho primário foi o inicio de uma nova intervenção para um novo episodio de transtorno de humor e a análise foi feita de acordo com a intenção de tratar.</span><br />
<span style="font-size: small;">Ocorreram recidivas em 54% dos que receberam o tratamento combinado, 59% dos tratados com lítio, e 69% dos que receberam valproato. O tratamento combinado e o lítio foram estatisticamente semelhantes quanto à eficácia, e foram superiores ao valproato. A terapia combinada foi aparentemente mais efetiva na prevenção de episódios de mania e o lítio na prevenção de episódios depressivos. Os resultados não foram afetados pela gravidade dos sintomas à entrada no estudo, polaridade do episodio mais recente, doses dos fármacos, níveis sanguíneos, ou pela exclusão dos eventos ocorridos nos primeiros três meses.</span><br />
<span style="font-size: small;">Os investigadores concluiram que, para pacientes com transtorno bipolar tipo I, com indicação de tratamento a longo prazo, tanto a combinação lítio+valproato quanto o lítio em monoterapia são mais efetivos em relação à prevenção de recidivas do que a monoterapia com valproato. Os investigadores do estudo BALANCE não foram capazes de identificar se há vantagem na utilização do lítio isoladamente ou da combinação dos dois fármacos.</span><br />
<span style="font-size: small;">Este estudo foi considerado um marco no tratamento do transtorno bipolar I e deve mudar a prática clínica. Entretanto, as altas taxas de recidiva indicam a necessidade de desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para este transtorno.Os resultados do estudo indicam também que o litio, um medicamento barato há tantos anos no mercado, está provavelmente sendo subutilizado. Restam ainda dúvidas sobre o melhor esquema terapêutico: iniciar com litio e acrescentar valproato caso necessario? Esta abordagem seria custo efetiva ou apenas acrescentaria efeitos colaterais como tremor (comum aos dois medicamentos) e disfunção hepática (associada ao valproato) às já conhecidas alterações da função renal e tireoidiana associadas ao lítio? Uma análise farmacogenética, ainda em andamento, poderá ajudar a responder algumas das questões sobre a personalização do tratamento.</span><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Referencias:</span><br />
<span style="font-size: x-small;">1. Lithium plus valproate combination therapy versus monotherapy for relapse prevention in bipolar I disorder (BALANCE): a randomised open-label trial</span><br />
<span style="font-size: x-small;">The Lancet, Volume 375, Issue 9712, Pages 385 - 395, 30 January 2010</span><br />
<span style="font-size: x-small;">2. Comentário dos editores do Medscape: </span><br />
<span style="font-size: x-small;">3. Diretriz da revista <i>The Psychiatrist</i> um pouco antiga, mas válida, para monitorização do tratamento com lítio: <a href="http://pb.rcpsych.org/cgi/reprint/26/9/348">http://pb.rcpsych.org/cgi/reprint/26/9/348</a></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-85036064090720181812009-04-22T00:09:00.005-03:002012-07-22T10:10:31.869-03:00Estudo comparando antidepressivos favorece tricíclicos para depressão na doença de Parkinson<span style="font-size: 85%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOp2Fyi_wN1l9TU3w8pDKNeHnrZcmWdVoscwTzqVThkC_LhbsWTVCH3mMV5XWHLYc1yEMeUb9POmXtKrO57PmxylSk9CpDBjwRt6W69A0DJjlSleE4-N7fKLphlLpNJ0BN1n870NgiqX4/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327347838569202930" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOp2Fyi_wN1l9TU3w8pDKNeHnrZcmWdVoscwTzqVThkC_LhbsWTVCH3mMV5XWHLYc1yEMeUb9POmXtKrO57PmxylSk9CpDBjwRt6W69A0DJjlSleE4-N7fKLphlLpNJ0BN1n870NgiqX4/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a></span><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 85%;">Cerca de 50% dos pacientes com doença de Parkinson são afetados eventualmente pela depressão, um sintoma que pode ser para muitos mais incapacitante do que a doença de base em si. O tratamento, entretanto, baseava-se mas na experiencia clínica e nos fármacos mais utilizados no momento, e não exatamente em estudos controlados, duplo-cego, comparando medicamentos. Entretanto, foi agora publicado na <a href="http://www.neurology.org/cgi/content/abstract/72/10/886"><span style="font-style: italic;">Neurology</span></a> um estudo comparando a nortriptilina com a paroxetina, com resultados favoráveis à primeira.<br />
Neste estudo, foram acompanhados durante 8 semanas 52 pacientes com doença de Parkinson que preenchiam os critérios para depressão ou distimia. Os pacientes foram randomizados para tomar paroxetina CR (dose inicial 12,5 mg/d, podendo aumentar até 37,5 mg/d) ou nortriptilina (25 a 75 mg/d);</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-size: 85%;"><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> os pacientes eram vistos após 2, 4, e 8 semanas, podendo ser feitos ajustes de doses nas visitas ou entre elas, caso necessário devido a efeitos colaterais. Em cada visita, os pacientes eram avalidos usando escalas para depressão, incluindo a escala de Hamilton (<a href="http://healthnet.umassmed.edu/mhealth/HAMD.pdf">HAM-D</a>). Ao final do estudo, os pacientes usando nortriptilina tinham apresentado uma queda de 10 pontos no escore da HAM-D, em média, comparados a 6 pontos no grupo da paroxetina. De acordo com os critérios de definição de resposta positiva utilizados no estudo (melhora de pelo menos 50% nos escores HAM-D), 53% dos pacientes usando nortriptilina responderam, comparados a 24% do grupo placebo e 11% dos que usaram paroxetina(!) Os usuários da nortriptilina ainda apresentaram melhora da insônia e ansiedade comparados aos outros gois grupos. Nenhum grupo apresentou variação na UPDRS <span style="font-style: italic;">(<a href="http://www.neuropsicol.org/Protocol/Updrs.pdf">United Parkinson's Disease Rating Scale</a></span>) nem em outras aferições neuropsicológicas, e o grupo da paroxetina apresentou mais efeitos colaterais (incluindo constipação, xerostomia, e tonteira) do que o grupo da nortriptilina.<br />
Os autores de um editorial que acompanha o artigo fazem algumas ressalvas: trata-se de um estudo pequeno (52 pacientes), de curta duração (apenas 8 semanas), o que poderia limitar o valor da observação, visto que a paroxetina pode apresentar resposta apenas em 12 semanas. Os tricíclicos podem ainda alargar o intervalo QT, com possíveis consequencias para pacientes com problemas cardíacos. Ainda assim, e levando em conta o custo baixo da nortriptilina e boa disponibilidade em nosso meio, vale a pena considerar a utilização deste medicamento.</span><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-41374520546479917512009-04-21T23:27:00.008-03:002012-07-22T10:11:00.255-03:00Antidepressivo em dose baixa reduz o risco de depressão pós-AVC<span style="font-size: 85%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmvDpU0NoB_AIKi3OsBvXt3apEOP96uEiwQQqG2qlbUwDjjFRa95IYHPYO8XLA2PwiGCALDlJNctem5h3dGnWM3pqmroTaM0Xf34_XVd8n15bmOrcWaafZabzr8qNrEFYUdvH-dNF_mwA/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327337450896019602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmvDpU0NoB_AIKi3OsBvXt3apEOP96uEiwQQqG2qlbUwDjjFRa95IYHPYO8XLA2PwiGCALDlJNctem5h3dGnWM3pqmroTaM0Xf34_XVd8n15bmOrcWaafZabzr8qNrEFYUdvH-dNF_mwA/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a></span><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 85%;">De acordo com um estudo publicado no <a href="http://jama.ama-assn.org/cgi/reprint/299/20/2391"><span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">JAMA</span></span></a>, pacientes com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">AVC</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">randomizados</span> para receber uma dose baixa (10 a 20 <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">mg</span>/dia) de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">escitalopram</span> diariamente durante um ano tiveram probabilidade significativamente menor de sofrerem com depressão do que os <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_5">pacientes</span> tomando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">placebo</span> ou <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_7">submetidos</span> a terapia focada na resolução de problemas.<br />
<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Varios</span> estudos já haviam demonstrado anteriormente que é grande a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">incidencia</span> de depressão pós-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">AVC</span>, chegando a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">afetar</span> mais de um 1/3 dos pacientes um ano após o evento. Um estudo publicado em 1993 no <span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">American</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Journal</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">of</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Psychiatry</span></span> relatou que, após ajustar para outras variáveis, pacientes com depressão aguda pós-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">AVC</span> tinham um risco significativamente aumentado de morte nos dez anos seguintes; outro estudo publicado na revista <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Stroke</span> em 2001,</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-size: 85%;"><span style="color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> confirmou que o risco de morte em 2 anos era praticamente o dobro nos pacientes com depressão. Outro estudo, de 2003, também do <span style="font-style: italic;"><a href="http://ajp.psychiatryonline.org/cgi/reprint/160/10/1823"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">American</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Journal</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">of</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Psychiatry</span></a>,</span> relatou uma redução do risco de morte à metade nos pacientes tratados com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">fluoxetina</span> ou <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">nortriptilina</span> durante 12 semanas nos primeiros 6 meses após <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">AVC</span>. O autor deste artigo relacionou as mortes ao efeito da depressão sobre o coração -a redução da variabilidade da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">frequencia</span> cardíaca tornaria mais provável o surgimento de arritmias. Ainda em 2003, um artigo publicado na revista <span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Science</span> </span>fez a hipótese de que os antidepressivos têm um papel na plasticidade neuronal; entretanto, segundo um dos autores do artigo do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">JAMA</span>, o aumento dos níveis de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">serotonina</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">dopamina</span>, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">acetilcolina</span> no cérebro podem ter benefícios adicionais, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">atuando</span> em células da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">glia</span>, como <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">oligodendócitos</span> e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">astrócitos</span>, que auxiliam nos processos de reparo das células.<br />
Lembrando um outro artigo de referencia, publicado no <a href="http://www.annals.org/cgi/reprint/136/10/760.pdf"><span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">Annals</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">of</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">Internal</span> Medicine</span></a> em 2002 pela Força Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, só precisamos fazer duas perguntas aos pacientes para diagnosticar depressão pós-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">AVC</span>:<br />
1) Nas últimas duas semanas, você se sentiu para baixo, deprimido ou sem esperança?<br />
2) Nas últimas duas semanas, você sentiu pouco interesse ou prazer nas suas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">atividades</span>?<br />
e levando em consideração que o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">escitalopram</span> é geralmente bem tolerado e tem rápido início de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">ação</span>, vale a pena fazer uma triagem para depressão nos nossos pacientes com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">AVC</span>, e, dependendo do resultado, ser mais liberais na prescrição de antidepressivos nestes casos, enquanto aguardamos a comprovação destes achados com estudos adicionais.</span>
<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-64287976755805977172009-04-21T21:24:00.007-03:002010-05-02T23:20:17.022-03:00FDA aprova a primeira droga para tratamento da coréia na doença de Huntington<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWIKnMDk2GweNqOgiS0Lxr7ZDvt2A_5bBcMNoviIFMlUFRDWkhdG18oFWTPIT5udLkx5_sk34MtVH7hubhpxf1zpgpZTg_qy4PM8iKVqZKpRwsAaHpQ-lNWMiX23SO8jtzr5gvhb9koVs/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327305815184450322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWIKnMDk2GweNqOgiS0Lxr7ZDvt2A_5bBcMNoviIFMlUFRDWkhdG18oFWTPIT5udLkx5_sk34MtVH7hubhpxf1zpgpZTg_qy4PM8iKVqZKpRwsAaHpQ-lNWMiX23SO8jtzr5gvhb9koVs/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;">A notícia já é meio "antiga" porém muito importante! O <a href="http://www.fda.gov/bbs/topics/NEWS/2008/NEW01874.html">FDA</a> liberou em agosto de 2008 a tetrabenazina (TBZ) como a primeira droga para tratamento da coréia na doença de Huntington (DH), uma doença rara, de herança autossômica dominante, que afeta cerca de 1:10.000 indivíduos nos EUA (no Brasil, não temos estatísticas confiáveis ainda). A doença é causada por uma repetição do trinucleotídeo CAG no gene HD, que codifica a proteina huntingtina, cuja função é desconhecida mas aparentemente está relacionada ao desenvolvimento, e resulta em uma degeneração geneticamente programada das células cerebrais, levando a perda da capacidade intelectual, transtornos emocionais e movimentos descontrolados. Os sintomas começam geralmente entre os 30 e 50 anos de idade, e progride lentamente; os pacientes podem esperar viver pelo menos cerca de 15 a 20 anos após o início dos sintomas. Os filhos de um paciente afetado (pai ou mãe) têm 50% de chance de desenvolverem também a doença e já existe há alguns anos um teste genético para diagnóstico.<br />
</span><span style="font-size: 85%;"> O tratamento é paliativo e sintomático, e incluiu de modo geral benzodiazepínicos e antipsicóticos típicos (cuja utilização a longo prazo resulta em parkinsonismo e discinesia tardia) e, mais recentemente, <a name='more'></a>antipsicóticos atípicos (com menor probabilidade de parkinsonismo, mas associados frequentemente a obesidade e diabetes). A tetrabenazina, cuja utilização foi aprovada em 1971(!) no Reino Unido e Irlanda, é utilizada há anos para tratamento de outros distúrbios do movimento caracterizados por hipercinesia (como distonias, discinesia tardia, tiques,e mioclônus), com bons resultados, e, principalmente, sem relato de discinesia tardia em nenhum dos pacientes em uso crônico da droga. Porém, até há pouco tempo atrás, não havia sido realizado nenhum estudo clínico duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, avaliando esta droga.<br />
O estudo utilizado para solicitação da aprovação da tetrabenazina pelo FDA foi publicado na revista <a href="http://www.neurology.org/cgi/content/abstract/66/3/366?maxtoshow=&HITS=10&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=huntington&andorexactfulltext=and&searchid=1&FIRSTINDEX=0&sortspec=relevance&resourcetype=HWCIT">Neurology</a> em 2006. Este estudo incluiu 84 pacientes com DH, acompanhados ambulatorialmente, durante 12 semanas, sendo 54 em uso de TBZ e 30 de placebo. A dose inicial de TBZ(12,5 mg/d) foi alterada em incrementos de 12,5 mg por semana até o máximo de 100 mg/d divididos em 2 ou 3 tomadas, ou até que fosse obtido o efeito desejado contra a coreia ou fossem identificados efeitos colaterais intoleráveis. O desfecho primario foi a alteração do escore da <span style="font-style: italic;">Unified Huntington's Disease Rating Scale</span> em relação aos níveis basais.<br />
Os pacientes tomando TBZ apresentaram um redução de 5 pontos na gravidade da coreia, o que se refletiu também em um beneficio significativo nas escalas de melhora clínica global. Cinco pacientes suspenderam a droga e quatro apresentaram eventos adversos serios (suicidio, queda seguida de complicações, agitação e ideação suicida, e câncer de mama), comparados com o grupo placebo, onde, para uma redução de 1,5 pontos na escala de coreia, não foram identificados eventos adversos sérios. A recomendação final foi que a tetrabenazina fosse utilizada após seleção rigorosa dos pacientes, com monitorização intensa, e ajuste lento e vigiado da dose, seguido de reavaliações frequentes.<br />
<b> </b>Há uma preocupação ainda quanto ao custo do medicamento, já que trata-se de uma "droga órfã", ou seja uma droga que deverá ser utilizada por menos de 200 mil pacientes, o que dificultaria sua produção em larga escala, e, consequentemente, a redução do preço.<br />
No Brasil ainda não dispomos deste medicamento. Torcemos para que esta droga, a reboque da aprovação do FDA, torne-se logo disponível para utilização. Uma das fontes pesquisadas para este artigo indica a importação via os laboratórios de Cambridge, que produzem a droga no Reino Unido. Então, aí vai o endereço, se alguém conseguir adquirir a droga, me avise!<br />
<span style="font-size: 78%;"><br />
<span style="font-style: italic;">Cambridge Laboratories Limited</span><br />
<span style="font-style: italic;">Deltic House</span><br />
<span style="font-style: italic;">Kingfisher Way</span><br />
<span style="font-style: italic;">Silverlink Business Park</span><br />
<span style="font-style: italic;">Wallsend</span><br />
<span style="font-style: italic;">Tyne & Wear NE28 9NX</span><br />
<span style="font-style: italic;">United Kingdom</span><br />
<span style="font-style: italic;">Tel: +44 (0) 191 296 9369</span><br />
<span style="font-style: italic;">Fax: +44 (0) 191 296 9368</span></span><br />
<span style="font-size: 78%;"><br />
<span style="color: #990000; font-weight: bold;">Referências:</span><br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Comunicação do FDA</span>: http://www.fda.gov/bbs/topics/NEWS/2008/NEW01874.html<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Artigo da Neurology:</span><br />
Huntington Study Group. Tetrabenazine as antichorea therapy in Huntington disease: a randomized controlled trial. Neurology 66, 366–372 (2006).</span></span><br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Comentário</span>: <a href="http://www.nature.com/nrd/journal/v8/n1/pdf/nrd2784.pdf">http://www.nature.com/nrd/journal/v8/n1/pdf/nrd2784.pdf</a></span><br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Associação Brasil-Huntington: </span><a href="http://www.abh.org.br/"><span style="font-weight: bold;"></span>http://www.abh.org.br</a></span><br />
<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-84119560171036283432009-03-12T15:58:00.008-03:002009-03-13T23:13:31.999-03:00Jovens fumantes apresentam maior risco de desenvolver esclerose múltipla<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXasviqrny7TYrmAHyNsv4ZAKUvUPZWXiFhwYKOSuKhqyZiRrf1RxEm0WM0NaExH0JIcHoszsGMT7kDLqh9u_E8Ois6BE3672KdXZme7foqQZHfiZ6ECOptotSuMAnwZE-JqB8bOc_Bk/s1600-h/20currents.5.c25.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 40px; height: 10px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXasviqrny7TYrmAHyNsv4ZAKUvUPZWXiFhwYKOSuKhqyZiRrf1RxEm0WM0NaExH0JIcHoszsGMT7kDLqh9u_E8Ois6BE3672KdXZme7foqQZHfiZ6ECOptotSuMAnwZE-JqB8bOc_Bk/s200/20currents.5.c25.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5312378071180096066" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Indivíduos que comecem a fumar antes dos 17 anos de idade podem aumentar seu risco de desenolver esclerose múltipla (EM), de acordo com os resultados de um estudo que será apresentado no Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia, de 25 de abril a 2 de maio, 2009.<br /> O estudo envolveu 87 pacientes com EM selecionados entre mais de 30.000 incluídos em um estudo maior. Os pacientes com EM foram divididos em 3 grupos: não fumantes, os que começaram a fumar antes dos 17 anos de idade, e os que começaram depois desta idade, pareados de acordo com a idade, gênero, e raça a 435 pessoas sem a doença.<br /> Os pacientes que haviam começado a fumar antes dos 17 anos de idade tinham uma probabilidade 2,7 vezes maior de desenvolver EM do que os não fumantes; os que começaram a fumar mais tardiamente não apresentavam aumento do risco de desenvolver EM. Mais de 32% dos pacientes com EM haviam começado a fumar com menos de 17 anos, comparados a 19% dos pacientes sem EM.<br /> De acordo com um dos autores do estudo, Joseph Finkelstein, MD, PhD, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, já se demonstrou que fatores ambientais têm um papel proeminente na gênese da EM, e o tabagismo é um fator ambiental que pode ser evitado.<br />Com certeza, esta é mais uma razão para não começar a fumar</span>.<br /><br /><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(0, 0, 102); font-weight: bold;">Referências</span>: <a href="http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=698">http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=698</a></span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" border="0" /></a>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-64696227978106536622009-03-04T15:06:00.017-03:002010-05-02T23:21:14.037-03:00Sertralina e escitalopram considerados em meta-análise os mais bem tolerados e eficazes entre os novos antidepressivos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1aKlG3cRh3m-6rVluuaNv2o86pMmJuy9hUC9KZLbYPcJPp3rJyiLl2DZd_n_jYwKdjz-5L26YpoT8bMVdI57nfotZoyTa6VnZGrDaaFFIcELBgyHniO07GaA5qChokD7jx9vBSZRLWyo/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309395842639388722" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1aKlG3cRh3m-6rVluuaNv2o86pMmJuy9hUC9KZLbYPcJPp3rJyiLl2DZd_n_jYwKdjz-5L26YpoT8bMVdI57nfotZoyTa6VnZGrDaaFFIcELBgyHniO07GaA5qChokD7jx9vBSZRLWyo/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;">Os médicos lidando com pacientes deprimidos na sua prática diária muitas vezes questionam qual antidepressivo escolher para tratar casos de depressão moderada a grave. Os autores desta meta-análise examinaram 117 estudos publicados entre 1991 e 2007, envolvendo 25.928 pacientes que usaram qualquer um dos 12 novos antidepressivos (bupropion, citalopram, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, milnacipran, mirtazapina, paroxetina, reboxetina, sertralina, e venlafaxina) como monoterapia para depressão. A eficácia e aceitabilidade foram avaliadas através das taxas de resposta e do número de pacientes que suspenderam o tratamento. Após 8 semanas, os mais efetivos foram o escitalopram, mirtazapina, sertralina e venlafaxina, e os mais bem tolerados bupropion, citalopram, escitalopram, e sertralina. Levando em conta o preço, e o fato de já existirem genéricos, a sertralina foi considerada a droga com a melhor combinação de eficácia, custo, e aceitabilidade.<a name='more'></a><br />
Os autores de um editorial que acompanham o artigo reconhecem várias limitações deste estudo, como as diferenças metodológicas entre os estudos quanto à titulação das doses e características dos pacientes (por exemplo, idade e comorbidades), além do fato deste estudo não considerar sintomas de abstinência, efeitos adversos, ou resposta do tratamento a longo prazo.<br />
Clinicamente, consideramos outros fatores, além dos já mencionados, como interações medicamentos, resposta a tratamentos prévios com antidepressivos, entre outros, porém, em casos nos casos onde estas considerações forem indiferentes, poderíamos favorecer a sertralina com base nos resultados desta meta-análise.<br />
<br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="color: #000066;">Referências</span>:<br />
<span style="font-style: italic;">Cipriani A et al. Comparative efficacy and acceptability of 12 new-generation antidepressants. </span><span style="font-weight: bold;">Lancet</span><span style="font-style: italic;">2009 Jan 29; [e-pub ahead of print] (<a href="http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736%2809%2960046-5">http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(09)60046-5</a>)<br />
Parikh SV. Antidepressants are not all created equal. </span></span> </span><span style="font-size: 78%;"><span style="font-weight: bold;">Lancet</span> <span style="font-style: italic;">2009 Jan 29; [e-pub ahead of print] (<a href="http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736%2809%2960047-7">http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(09)60047-7</a>)</span></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-33973671098429515892009-03-04T14:26:00.005-03:002010-05-02T23:21:46.943-03:00FDA recomenda modificação da bula dos medicamentos contendo metoclopramida para alertar sobre risco de discinesia tardia<span style="font-size: 85%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlhLgGsp5sR-gCokXYkufF-HhqqqZq1MiE0FUaaX-V_YRa8lylvgAX621igzFmMdIlsA0qMu-AKbbh8BCIntQV0PL0OU1XAuIFVR_Ld6ggfClLyUI6a6aZJ2UdxQThtgM2zXW-qioUHo/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309385594210150338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlhLgGsp5sR-gCokXYkufF-HhqqqZq1MiE0FUaaX-V_YRa8lylvgAX621igzFmMdIlsA0qMu-AKbbh8BCIntQV0PL0OU1XAuIFVR_Ld6ggfClLyUI6a6aZJ2UdxQThtgM2zXW-qioUHo/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a></span><span style="font-size: 85%;">A metoclopramida (comercializada no Brasil como Eucil<span style="font-style: italic;">, </span>Plasil<span style="font-style: italic;">, </span>Plamet<span style="font-style: italic;"> </span>e genéricos) foi ligada a casos de discinesia tardia irreversível diretamente relacionada a duração do tratamento e o número de doses utilizadas, levando à recomendação do FDA de que fosse acrescentada uma advertência destacada na bula deste medicamento. Além disso, os fabricantes terão que implementar uma estratégia de mitigação e avaliação de risco, alertando claramente os pacientes acerca dos efeitos colaterais associados ao uso crônico de altas doses deste medicamento.<br />
A metoclopramida é indicada para tratamento a curto prazo de refluxo gastroesofágico em pacientes que não respondem a outros medicamentos, podendo ser usada também na gastroparesia diabética. É<span style="font-weight: bold;"> A</span> causa mais comum de transtornos do movimento induzidos por drogas. De acordo com o FDA,<a name='more'></a> seu uso crônico (por mais de três meses) deve ser evitado em todos exceto os raros casos onde se acredite que seu benefício supera os riscos. Os pacientes de maior risco são os idosos e as mulheres. Os sintomas de discinesia tardia, que incluem movimentos involuntários repetitivos da face e extremidades, podem ser reduzidos após a interrupção do tratamento, porém são raramente reversíveis e não existe tratamento eficaz disponível.<br />
Vale lembrar que no Brasil, além das apresentações já mencionadas, a metoclopramida é disponibilizada também em associações como<span style="font-style: italic;"> </span>Cefalium<span style="font-style: italic;"> </span>(para tratamento de cefaléia tipo migrânea) e Digeplus. Pacientes que já são portadores de transtornos de movimento como doença de Parkinson e que já tenham apresentado outros efeitos colaterais (como acatisia) também devem evitar este medicamento, dando preferência a outros antieméticos com mecanismos alternativos, como o ondansetron, por exemplo, que é mais bem tolerado por este grupo de pacientes.<br />
<br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="color: #000066;">Referência</span>: <a href="http://www.fda.gov/medwatch" target="_blank">http://www.fda.gov/bbs/topics/NEWS/2009/NEW01963.html</a></span><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-91867713307308477642009-02-27T23:24:00.005-03:002010-05-02T23:22:43.322-03:00Lítio retarda a progressão da esclerose lateral amiotrófica (ELA)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-47LOoimdL9kOIhYqeTPDzys2pFmPKLPlUh6gdBbX03sKto0xvGUKqW5-1OoobuUawWaEN6kO1r9J2y8Oi137duZbaMlmbp4lwM3yBuVqMain0Lg1vb9iZhNyZ7k6AFtWqYkJMdLQxyE/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5307669164788444482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-47LOoimdL9kOIhYqeTPDzys2pFmPKLPlUh6gdBbX03sKto0xvGUKqW5-1OoobuUawWaEN6kO1r9J2y8Oi137duZbaMlmbp4lwM3yBuVqMain0Lg1vb9iZhNyZ7k6AFtWqYkJMdLQxyE/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;">Um estudo publicado por Fornai et al em fevereiro de 2008 no periódico Proceedings of the Nacional Academy of Sciences provocou grande excitação na comunidade de pacientes e médicos interessados em esclerose lateral amiotrófica. O grupo da Universidade de Pisa realizou dois estudos, um com camundongos (um modelo animal) e outro com 44 pacientes portadores de ELA. Ao final dos 15 meses de duração do estudo, cerca de 30% dos pacientes usando riluzol (a única droga aprovada até o momento para tratamento da doença) haviam falecido, enquanto que todos os pacientes usando lítio+riluzol haviam sobrevivido. A doença progrediu rapidamente no grupo do riluzol, mas apresentou um retardo importante na progressão no grupo usando também lítio. As doses de lítio (inicialmente 150 mg 2 vezes ao dia) foram selecionadas visando a obtenção de um nível sérico de 0,4 a 0,8 mEq/l. O grupo que utilizou riluzol o fez na dose habitual de 50 mg 2 vezes ao dia.<br />
Um estudo paralelo em um modelo murino de ELA sugere que o efeito neuroprotetor do lítio se baseia<a name='more'></a> no aumento da autofagia, um processo através do qual componentes celulares anormais são destruídos, concomitante ao aumento do número de mitocôndrias recém-formadas não lesadas.<br />
O lítio apresenta uma margem terapêutica muito pequena e deve ser usado sempre sob supervisão de um médico experiente na sua utilização e com monitorização frequente dos seus níveis séricos, bem como dos eletrólitos, densidade urinária e hormônios tireoidianos. O paciente deve estar ciente dos principais sintomas sugestivos de intoxicação, a saber: diarréia, vômitos, tonteira, fraqueza e incoordenação. Mulheres grávidas e aqueles com problemas renais e cardíacos não devem usar este medicamento.</span> <span style="font-size: 85%;">Levando isto em conta, caso estes achados sejam confirmados em estudos que estao em andamento, este será um marco importante no tratamento das doenças neurodegenerativas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="color: #000066;">Referência</span>: <a href="http://www.blogger.com/www.pnas.org/cgi/content/full/%200708022105/DC1.">www.pnas.org/cgi/content/full/0708022105/DC1.</a></span><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-3425981462858428162009-02-27T20:06:00.011-03:002010-05-02T23:23:14.525-03:00Fampridina melhora a deambulação em alguns pacientes com esclerose múltipla<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTgYebf1ezKJL12k8pQoMIutaX05rbe6tvJ_AkYQdIYGPA7fxNsUdzrOld5s9WHghSUmYK4VFUvp9oqEQ20aFMuFmqLOZkaG2vU6vp7a-vlNVXsq4rtufr6vDGOrPitcVX_3Y_ALSsgw/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5307625942472972802" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTgYebf1ezKJL12k8pQoMIutaX05rbe6tvJ_AkYQdIYGPA7fxNsUdzrOld5s9WHghSUmYK4VFUvp9oqEQ20aFMuFmqLOZkaG2vU6vp7a-vlNVXsq4rtufr6vDGOrPitcVX_3Y_ALSsgw/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody>
<tr valign="bottom"><td><div style="text-align: center;"><div id="sponsorad"><div id="sponsoradborder"><div id="sponsoradbg"><div id="sponsorlistings"><span style="font-size: 85%;"> </span> </div></div></div></div></div></td> </tr>
</tbody></table>Resultados de um estudo fase 3 publicado no Lancet demonstraram que a fampridina (ou 4-aminopiridina), um bloqueador oral dos canais de potássio, melhorou a capacidade de deambulação em alguns pacientes com esclerose múltipla (EM) independente do tipo de EM ou da utlização de medicamentos concomitantes. Apenas alguns pacientes, entretanto, apresentaram alguma resposta, e os pesquisadores não foram capazes de determinar fatores preditivos para a resposta ou não ao tratamento. Os efeitos foram rápidos e reversíveis, tornando possível a detecção da resposta individualmente, e não através da análise estatística de grupos de pacientes, como observado em relação aos imunomoduladores prescritos para controle dos surtos.<br />
Este estudo multicêntrico, que avaliou a utilização de fampridina numa formulação de liberação controlada <br />
<a name='more'></a>(ainda não disponível para comercialização), incluiu 301 pacientes, avaliados durante 14 semanas em um desenho duplo-cego, controlado por placebo, comparando o medicamento na dose de 10 mg duas vezes ao dia com placebo. O critério de inclusão era a capacidade de completar duas tentativas do teste de deambulação de 25 pés; esta avaliação era repetida a cada 4 semanas durante as 14 semanas de duração do estudo. O critério de resposta era o aumento da velocidade de deambulação em pelo menos 3 das 4 avaliações quando comparada à maior velocidade obtida sem a utilização do medicamento. Trinta e cinco por cento dos pacientes usando fampridina (e apenas 8% do grupo placebo) obtiveram este resultado (P<0,0001).><span style="font-size: 85%;">Apenas 2 eventos sérios (sepse com crise convulsiva focal em 1 paciente e ansiedade importante em outro) foram considerados relacionados ao medicamento. Entretanto, os pesquisadores observam que o risco de crises convulsivas evidenciado previamente parece aumentar proporcionalmente à dose de fampridina.<br />
Os resultados de estudos clínicos com esta droga sugerem que apenas alguns pacientes apresentem benefícios claros em qualquer medida funcional em particular, o que poderia estar relacionado ao suposto mecanismo de ação da droga - a melhora da condução em axônios desmielinizados via bloqueio dos canais de potássio voltagem-dependentes. Os autores observam que apenas alguns pacientes poderiam ter axônios em condição de responder a este mecanismo em qualquer momento. Apesar disso, um editorialista, comentando o artigo, enfatiza que pode não ser fácil extrapolar estes resultados para a prática diária, já que é difícil realizar estes testes no dia-a-dia do consultório. Além disso, seria interessante definir melhor quais pacientes potencialmente poderiam responder a este medicamento, o que não foi possível neste estudo. Além disso, embora a formulação de liberação lenta utilizada neste estudo aparentemente tenha um perfil de eventos adversos superior à convencional, deve-se assumir que a janela terapêutica continue pequena, e evitar o uso deste medicamento por pacientes com história de epilepsia, ou ainda atividade epileptiforme identificada em um EEG de triagem.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 85%;"><span style="color: #660000;"><span style="font-style: italic;">Em tempo</span>:</span> É importante notar que um composto relacionado, a 3,4-aminopiridina, por apresentar menor penetração no SNC, foi considerado menos efetivo e esteve associado em outros estudos à maior incidência de efeitos colaterais como náusea e dor abdominal.</span><br />
<span style="font-size: 85%;"><span style="font-size: 78%;"><i><span style="color: #000066; font-weight: bold;">Referência</span>: Lancet</i>. 2009;373:732-738, 697-698.</span> <a href="http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736%2809%2960442-6/fulltext"><span style="font-size: 78%;">http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(09)60442-6/fulltext</span></a></span><br />
<span style="font-size: 85%;"><span style="color: #660000; font-style: italic; font-weight: bold;">Em tempo 2: </span><span style="color: #660000;"><span style="color: black;">O Comitê Consultivo do FDA recomendou no dia 22 de outubro a aprovação da fampridina, com algumas ressalvas, para tratamento sintomático das dificuldades de deambulação dos pacientes com esclerose múltipla. As ressalvas incluem o uso da medicação em pacientes com historia de crises convulsivas e prejuízo da função renal.Os pacientes também devem ser informados de que a droga pode causar transtornos de equilíbrio, com tonteira, instabilidade postural e que nem todos os pacientes apresentam resposta satisfatória; além disso, não sabemos quais são os pacientes que responderão ao medicamento.<br />
<br />
<span style="font-size: 78%;"><span style="color: #330099; font-style: italic; font-weight: bold;">Referência</span>: http://www.medscape.com/viewarticle/711160<br />
<br />
</span></span></span></span><br />
<div class="spacer"></div><span style="font-size: 85%;"><span style="color: #660000;"><span style="color: black;"></span></span><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-61100815761079849552009-02-26T00:29:00.011-03:002010-05-02T23:23:46.015-03:00Mulheres com esclerose múltipla podem reduzir o risco de surtos após a gravidez se amamentarem seus bebês<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY8uzGzJUz88kEiamc2dCaK2UEHyXivnxqyMU9UUsmRAL2sqKIGNS3zPY3a7ZinwtAINYTZMn4ldGE89rUNR7M6mzOafZUM7lCL_9B-WaVX4mVSx-DNIxSEggGCb6f5QoDX02FIEJdPzs/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306943230984945602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY8uzGzJUz88kEiamc2dCaK2UEHyXivnxqyMU9UUsmRAL2sqKIGNS3zPY3a7ZinwtAINYTZMn4ldGE89rUNR7M6mzOafZUM7lCL_9B-WaVX4mVSx-DNIxSEggGCb6f5QoDX02FIEJdPzs/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;"><span style="font-family: georgia;">Mulheres com esclerose múltipla podem reduzir o risco de surtos após a gravidez se amamentarem seus bebês, de acordo com os resultados de um estudo liberado hoje e que será apresentado no 61º Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia em Seattle, de 25 de abril a 2 de maio deste ano.<br />
Neste estudo, que foi financiado pelo NIH e Wadsworth Foundation, os pesquisadores acompanharam 32 mulheres grávidas com EM e 29 grávidas não portadoras da doença durante cada trimestre da gestação e por até um ano após o parto. As mulheres foram questionadas quanto ao aleitamento e história menstrual.<br />
No total, 52% das mulheres com EM não amamentaram seus bebês ou começaram a suplementar o leite materno com fórmulas artificiais nos primeiros dois meses após o parto. Destas, 87% apresentaram surtos após a gravidez, comparadas com 36% das mulheres com EM que mantiveram aleitamento materno exclusivo pelo menos nos dois primeiros meses após o parto.</span></span><span style="font-size: 85%;"><a name='more'></a><br />
Sessenta por cento das mulheres relataram que a razão principal para não manter o aleitamento exclusivo foi o reinício dos tratamentos contra EM. As mulheres que voltaram aos seus esquemas terapêuticos contra EM nos dois primeiros meses após o nascimento de seus bebês apresentaram risco significativamente mais alto de apresentar um surto do que as mulheres com EM que não o fizeram, a despeito de terem amamentado ou não os seus bebês. Aquelas que amamentaram exclusivamente seus filhos menstruaram mais tarde do que as mulheres que não amamentaram ou fizeram a suplementação com leite em pó.<br />
De acordo com os autores, os achados questionam o benefício de escolher não amamentar ou suspender o aleitamento precocemente visando o reinício da terapia contra EM, porém estudos maiores precisam ser realizados sobre esta questão.<br />
<span style="font-size: 78%;">Fonte: Site da AAN -<a href="http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=697"> http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=697</a></span><br />
</span><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257931992313372658" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-DU9feT0qU/SPftSg8AH_I/AAAAAAAAAY8/44_5xFdKF3Y/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-41700498718927998712009-02-23T10:49:00.009-03:002010-05-02T23:24:13.642-03:00Epilépticos que "pulam" os horários das medicações estão sujeitos a aumento do risco de mortalidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi-Awn7mVIs40l6hs_8BXxFvN8XpEBffEX0HslKXkX54kOradiflNIi2NOnxG7jrLGNfHakwnbmuDgim60rNAVtjAtH6bEPsrmwxecJt94jd6PQGHW5V9nz7GIrsQsEg5vxeyrHd_IpxQ/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306942402746984066" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi-Awn7mVIs40l6hs_8BXxFvN8XpEBffEX0HslKXkX54kOradiflNIi2NOnxG7jrLGNfHakwnbmuDgim60rNAVtjAtH6bEPsrmwxecJt94jd6PQGHW5V9nz7GIrsQsEg5vxeyrHd_IpxQ/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;">A não-adesão ao tratamento é um problema comum e muitas vezes pouco reconhecido na prática<br />
médica diária. Pacientes epilépticos que não aderem ao tratamento apresentam aumento significativo no número de visitas ao departamento de emergência, hospitalizações, e acidentes de carro, devido principalmente à piora no controle de crises, levando a maior risco de fraturas, queimaduras, TCE, depressão e ansiedade. Mesmo o tratamento com DAE (drogas anticonvulsivantes) está associado a riscos adicionais - efeitos colaterais relacionados à dose e também alterações de peso, deficiência de vitaminas, e osteopenia, que por sua vez também aumentam o número de visitas à emergência e internações.<br />
O estudo retrospectivo <span style="color: #cc0000;">RANSOM</span> (Research on Antiepileptic Non-adherence and Selected Outcomes in Medicaid)</span><span style="font-size: 85%;">, publicado na revista Neurology em novembro de 2008,<a name='more'></a> avaliou 33.658 pacientes com 18 anos de idade ou mais e pelo menos duas prescrições de DAE (drogas anticonvulsivantes) que residiam em Iowa, New Jersey e na Flórida, durante 9 anos e eram beneficiários do Medicaid. Os resultados foram assustadores: 26% dos pacientes não seguiam as indicações médicas, e este número aumentava para 32% quando se levava em conta apenas os pacientes com 65 anos de idade ou mais. Outros estudos encontraram dados ainda mais alarmantes: 41% dos idosos e 65% das crianças e adolescentes não seguiam as recomendações médicas quanto à posologia das medicações, e este índice era ainda mais alto no subgrupo de pacientes com comorbidades psiquiátricas.<br />
As razões para isto são várias: desde a omissão de algumas doses por esquecimento quanto, o que é mais preocupante, a não adesão <span style="color: #990000;">intencional</span>, motivada por eventos adversos não relatados pelos pacientes (disfunção sexual, ganho de peso, disfunção cognitiva, sobre os quais os pacientes acham difícil falar), despreocupação após verem que não aconteceu nada após terem esquecido algumas doses do remédio, dificuldades financeiras, e também ambivalência quanto ao diagnóstico de epilepsia.<br />
Para os médicos, fica a mensagem: devemos sempre perguntar aos pacientes como estão tomando os medicamentos, se estão apresentando efeitos colaterais, e se estão tendo dificuldade para adquirir os medicamentos, principalmente quando não estão sendo obtidos os resultados esperados, quando um esquema previamente eficaz não estiver mais funcionando ou se o paciente começar a apresentar piora das crises, após um intervalo livre delas, sem outras razões aparentes. A abordagem deve ser sempre construtiva, já que um confronto pode levar a uma negativa vigorosa, e à perda da oportunidade de uma intervenção positiva.<br />
O plano terapêutico deve ser sempre o mais simples e descomplicado possível. Deve-se buscar identificar o problema central e a partir daí elaborar estratégias para contorná-lo, se possível. Por exemplo, para pacientes que esquecem de tomar os medicamentos, sugira estratégias como utilização de alarmes sonoros (programados no celular, por exemplo), separar as doses dos medicamentos de véspera, deixando-os em locais de fácil visualização e/ou muito utilizados pelo paciente (por exemplo, ao lado da cafeteira se o paciente tem hábito de tomar café pela manhã). Alguns laboratórios disponibilizam programas de facilitação à aquisição de determinados medicamentos mediante cadastro, possibilitando a redução do custo dos mesmos. Deve-se sempre enfatizar a importância da adesão ao tratamento, lembrando que as DAE não curam a epilepsia, apenas ajudam a controlar os sintomas, e que elas só funcionam enquando estiverem sendo usadas.<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><br />
</span><span style="font-size: 78%;"><span style="color: #000066;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Referência</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">:</span> Faught E, Duh MS, Weiner JR, Guérin A, Cunnington MC. Nonadherence to antiepileptic drugsand increased mortality: findings from the RANSOM study. Neurology 2008;71:1572–1578.<a href="http://www.neurology.org/cgi/ijlink?linkType=ABST&journalCode=neurology&resid=71/20/1572"><nobr>[Abstract/<span style="color: #cc0000;">Free</span> Full Text]</nobr></a></span> </span><br />
<span style="font-size: 85%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="color: #663333;">Link:</span></span> Recomendações do Programa de AIDS do Ministério da Saúde para melhorar a adesão ao tratamento antiretroviral (podem ser extrapoladas para outras doenças e situações): </span><a href="http://www.aids.gov.br/udtv/bolepide/conceitos.htm"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">http://www.aids.gov.br/udtv/bolepide/conceitos.htm</span></a><br />
<br />
<br />
</span>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6909987577687170023.post-44840083208360795212008-09-21T23:03:00.006-03:002010-05-02T23:24:52.156-03:00Fingolimod suprime atividade de doença na EM Remitente-Recorrente<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihI2cPy_2VqZW394ZsGfkhbig6S-3-j4bYNJoXL7ggHOWVzi2S6-Uiwg3Obu5Yk54LQvDoUPGOMOHBxH006Q8_2I9VskETxTclBkPOfo9_RC00sQKXUwRq4QNoldIoGkQgebFdz6xyQxc/s1600-h/20currents.5.c25.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306947466357173794" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihI2cPy_2VqZW394ZsGfkhbig6S-3-j4bYNJoXL7ggHOWVzi2S6-Uiwg3Obu5Yk54LQvDoUPGOMOHBxH006Q8_2I9VskETxTclBkPOfo9_RC00sQKXUwRq4QNoldIoGkQgebFdz6xyQxc/s200/20currents.5.c25.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 10px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 40px;" /></a><span style="font-size: 85%;">Fingolimod, a primeira droga imunomoduladora oral para tratamento da esclerose múltipla, atualmente em avaliação em estudos multicêntricos de fase III (também no BR, ver centros de pesquisa), teve resultados promissores apresentados no último congresso da Academia Americana de Neurologia (AAN). </span><br />
<div><span style="font-size: 85%;">Com um mecanismo diferente dos imunomoduladores disponíveis no mercado, o fingolimod tem como atrativo sua posologia e modo de administração mais convenientes, o que por si só já seria um grande atrativo para os portadores da doença. Além disso, os dados disponíveis até o momento são encorajadores: redução da atividade de doença à RNM com 89% dos pacientes sem evidências de atividade (sem lesões hipercaptantes), baixo risco de recidiva (taxa anualizada de 0,2% aproximadamente, na fase de extensão) e ausência de novas lesões em 75% dos pacientes. </span></div><div><span style="font-size: 85%;">Os efeitos colaterais são de modo geral poucos e bem tolerados: na fase inicial <a name='more'></a>foram descritos infecções respiratórias altas, bradicardia e hipertensão, e influenza. A taxa de incidencia de cânceres de pele foi mais alta do que o esperado (3 carcinomas basocelulares, 3 carcinomas de células escamosas e 1 melanoma), todos sem maiores repercussões. Um paciente usando concomitantemente corticosteróides apresentou encefalite por HSV.</span></div><div><span style="font-size: 85%;">Aguardamos com ansiedade os resultados destes estudos; uma nova esperança para os portadores de EM.</span></div>Fernanda Bahadian Bardyhttp://www.blogger.com/profile/05577562179140411863noreply@blogger.com0