A metoclopramida (comercializada no Brasil como Eucil, Plasil, Plamet e genéricos) foi ligada a casos de discinesia tardia irreversível diretamente relacionada a duração do tratamento e o número de doses utilizadas, levando à recomendação do FDA de que fosse acrescentada uma advertência destacada na bula deste medicamento. Além disso, os fabricantes terão que implementar uma estratégia de mitigação e avaliação de risco, alertando claramente os pacientes acerca dos efeitos colaterais associados ao uso crônico de altas doses deste medicamento.
A metoclopramida é indicada para tratamento a curto prazo de refluxo gastroesofágico em pacientes que não respondem a outros medicamentos, podendo ser usada também na gastroparesia diabética. É A causa mais comum de transtornos do movimento induzidos por drogas. De acordo com o FDA, seu uso crônico (por mais de três meses) deve ser evitado em todos exceto os raros casos onde se acredite que seu benefício supera os riscos. Os pacientes de maior risco são os idosos e as mulheres. Os sintomas de discinesia tardia, que incluem movimentos involuntários repetitivos da face e extremidades, podem ser reduzidos após a interrupção do tratamento, porém são raramente reversíveis e não existe tratamento eficaz disponível.
Vale lembrar que no Brasil, além das apresentações já mencionadas, a metoclopramida é disponibilizada também em associações como Cefalium (para tratamento de cefaléia tipo migrânea) e Digeplus. Pacientes que já são portadores de transtornos de movimento como doença de Parkinson e que já tenham apresentado outros efeitos colaterais (como acatisia) também devem evitar este medicamento, dando preferência a outros antieméticos com mecanismos alternativos, como o ondansetron, por exemplo, que é mais bem tolerado por este grupo de pacientes.
Referência: http://www.fda.gov/bbs/topics/NEWS/2009/NEW01963.html
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