sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Lítio retarda a progressão da esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Um estudo publicado por Fornai et al em fevereiro de 2008 no periódico Proceedings of the Nacional Academy of Sciences provocou grande excitação na comunidade de pacientes e médicos interessados em esclerose lateral amiotrófica. O grupo da Universidade de Pisa realizou dois estudos, um com camundongos (um modelo animal) e outro com 44 pacientes portadores de ELA. Ao final dos 15 meses de duração do estudo, cerca de 30% dos pacientes usando riluzol (a única droga aprovada até o momento para tratamento da doença) haviam falecido, enquanto que todos os pacientes usando lítio+riluzol haviam sobrevivido. A doença progrediu rapidamente no grupo do riluzol, mas apresentou um retardo importante na progressão no grupo usando também lítio. As doses de lítio (inicialmente 150 mg 2 vezes ao dia) foram selecionadas visando a obtenção de um nível sérico de 0,4 a 0,8 mEq/l. O grupo que utilizou riluzol o fez na dose habitual de 50 mg 2 vezes ao dia.
Um estudo paralelo em um modelo murino de ELA sugere que o efeito neuroprotetor do lítio se baseia

Fampridina melhora a deambulação em alguns pacientes com esclerose múltipla


Resultados de um estudo fase 3 publicado no Lancet demonstraram que a fampridina (ou 4-aminopiridina), um bloqueador oral dos canais de potássio, melhorou a capacidade de deambulação em alguns pacientes com esclerose múltipla (EM) independente do tipo de EM ou da utlização de medicamentos concomitantes. Apenas alguns pacientes, entretanto, apresentaram alguma resposta, e os pesquisadores não foram capazes de determinar fatores preditivos para a resposta ou não ao tratamento. Os efeitos foram rápidos e reversíveis, tornando possível a detecção da resposta individualmente, e não através da análise estatística de grupos de pacientes, como observado em relação aos imunomoduladores prescritos para controle dos surtos.
Este estudo multicêntrico, que avaliou a utilização de fampridina numa formulação de liberação controlada

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mulheres com esclerose múltipla podem reduzir o risco de surtos após a gravidez se amamentarem seus bebês

Mulheres com esclerose múltipla podem reduzir o risco de surtos após a gravidez se amamentarem seus bebês, de acordo com os resultados de um estudo liberado hoje e que será apresentado no 61º Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia em Seattle, de 25 de abril a 2 de maio deste ano.
Neste estudo, que foi financiado pelo NIH e Wadsworth Foundation, os pesquisadores acompanharam 32 mulheres grávidas com EM e 29 grávidas não portadoras da doença durante cada trimestre da gestação e por até um ano após o parto. As mulheres foram questionadas quanto ao aleitamento e história menstrual.
No total, 52% das mulheres com EM não amamentaram seus bebês ou começaram a suplementar o leite materno com fórmulas artificiais nos primeiros dois meses após o parto. Destas, 87% apresentaram surtos após a gravidez, comparadas com 36% das mulheres com EM que mantiveram aleitamento materno exclusivo pelo menos nos dois primeiros meses após o parto.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Epilépticos que "pulam" os horários das medicações estão sujeitos a aumento do risco de mortalidade

A não-adesão ao tratamento é um problema comum e muitas vezes pouco reconhecido na prática
médica diária. Pacientes epilépticos que não aderem ao tratamento apresentam aumento significativo no número de visitas ao departamento de emergência, hospitalizações, e acidentes de carro, devido principalmente à piora no controle de crises, levando a maior risco de fraturas, queimaduras, TCE, depressão e ansiedade. Mesmo o tratamento com DAE (drogas anticonvulsivantes) está associado a riscos adicionais - efeitos colaterais relacionados à dose e também alterações de peso, deficiência de vitaminas, e osteopenia, que por sua vez também aumentam o número de visitas à emergência e internações.
O estudo retrospectivo RANSOM (Research on Antiepileptic Non-adherence and Selected Outcomes in Medicaid)
, publicado na revista Neurology em novembro de 2008,