Mulheres com esclerose múltipla podem reduzir o risco de surtos após a gravidez se amamentarem seus bebês, de acordo com os resultados de um estudo liberado hoje e que será apresentado no 61º Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia em Seattle, de 25 de abril a 2 de maio deste ano.
Neste estudo, que foi financiado pelo NIH e Wadsworth Foundation, os pesquisadores acompanharam 32 mulheres grávidas com EM e 29 grávidas não portadoras da doença durante cada trimestre da gestação e por até um ano após o parto. As mulheres foram questionadas quanto ao aleitamento e história menstrual.
No total, 52% das mulheres com EM não amamentaram seus bebês ou começaram a suplementar o leite materno com fórmulas artificiais nos primeiros dois meses após o parto. Destas, 87% apresentaram surtos após a gravidez, comparadas com 36% das mulheres com EM que mantiveram aleitamento materno exclusivo pelo menos nos dois primeiros meses após o parto.
Sessenta por cento das mulheres relataram que a razão principal para não manter o aleitamento exclusivo foi o reinício dos tratamentos contra EM. As mulheres que voltaram aos seus esquemas terapêuticos contra EM nos dois primeiros meses após o nascimento de seus bebês apresentaram risco significativamente mais alto de apresentar um surto do que as mulheres com EM que não o fizeram, a despeito de terem amamentado ou não os seus bebês. Aquelas que amamentaram exclusivamente seus filhos menstruaram mais tarde do que as mulheres que não amamentaram ou fizeram a suplementação com leite em pó.
De acordo com os autores, os achados questionam o benefício de escolher não amamentar ou suspender o aleitamento precocemente visando o reinício da terapia contra EM, porém estudos maiores precisam ser realizados sobre esta questão.
Fonte: Site da AAN - http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=697
Nenhum comentário:
Postar um comentário